Slow Parenting: uma chance de viver o tempo da criança

Apesar de todo o lado negativo do isolamento social, o tempo livre pode ensinar muito aos pais sobre as crianças

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Com tanto tempo sem escola ou atividades extracurriculares, muitos pais começam a se preocupar com o futuro de seus filhos, com as experiências que estão deixando de viver ou aprender. Mas, apesar de todos os problemas do isolamento social, este período é a oportunidade para muitas famílias experimentarem o slow parenting ou “pais sem pressa”, em tradução livre.

O que é o slow parenting?

É um movimento iniciado por pensadores da educação, há mais de 10 anos nos Estados Unidos, como reação ao ritmo frenético de atividades e compromissos impostos à infância. Apesar da tradução literal sugerir a parentalidade lenta, o que o movimento prega é o respeito ao tempo da criança. No Brasil, adeptos do movimento usam a expressão “pais sem pressa”.

Muitas vezes, na ansiedade de oferecer as melhores oportunidades aos seus filhos, visando um futuro promissor, as crianças ficam com agendas mais lotadas que as de muitos adultos e vivenciam muito cedo o estresse da cobrança pelo bom desempenho para atender expectativas externas a ela.

Balé, judô, natação, capoeira, inglês, programação, aulas de reforço…: qualquer uma dessas atividades pode trazer benefícios ao desenvolvimento infantil, o problema é o excesso. No cenário de pandemia, em que essas atividades foram suspensas, surge uma boa oportunidade para se questionar sobre quão necessárias são cada uma delas, e quão produtivo pode ser o tempo livre.

A importância do tempo livre

As crianças são naturalmente exploradoras e buscam entender o mundo ao redor, mas no tempo delas. O tempo livre permite à criança (e ao adulto também) trabalhar o autoconhecimento. O que atrai a sua curiosidade e mantém seu interesse? A observação é essencial para conhecer a criança.

A partir dos interesses que ela demonstra, é possível pensar em atividades direcionadas. Ainda assim, é preciso conter a expectativa dos adultos. Nem sempre os pequenos embarcam na proposta inicial, mas podem, a partir dela, criar algo completamente diferente do que você pensou.

É nesses momentos que a criança irá experimentar, testar, abandonar, retomar um projeto. O “ócio” abre espaço para novas ideias.

Conversar sobre as observações

Converse com seu filho sobre o sabor da comida, as brincadeiras do dia, o que veem da janela e mesmo sobre os vídeos que assistem. Pergunte pelas suas sensações e descobertas, o que mais gostou, o que o deixou chateado, do que sente saudade.

Esse tempo junto com as crianças na quarentena gera autoconhecimento, um aprendizado para quando tudo passar e memórias que ficam para sempre.


Esta matéria foi extraída do portal da Unimed Cuiabá.
Para ler essa e outras informações acesse aqui.
Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil
Fonte: Portal EBC, Blog da Leiturinha
Conteúdo aprovado pelo responsável técnico-científico do Portal Unimed.

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