Trotar nem sempre é bom. Se sentir dor, acelere o passo e corra

Segundo especialista, como o tempo de contato do pé com o solo é mais prolongado no trote do que na corrida, a prática deixa o corpo mais suscetível a desalinhamentos posturais

0
2255

Sabe aquele trote lento, muito comum no início dos percursos e muitas vezes indicado como um treino leve? Nem sempre ele é inofensivo, tampouco a melhor estratégia para prevenir lesões na corrida.
O trote pode ser considerado uma corrida bem vagarosa, em uma velocidade que talvez pudesse até ser feita caminhando rapidamente. A rapidez do trote depende de pessoa para pessoa, mas é algo em torno de 7,5 – 8 km/h.
O movimento do corpo, ou seja, a biomecânica, é diferente durante o trote e a corrida. Trotando, o tempo de contato do pé com o solo é maior, e com isso mais desalinhamentos posturais podem acontecer. É como se “desse mais tempo” de erros aparecerem. Por exemplo, no trote a inclinação do tronco para os lados é maior, sentamos mais no meio da passada, o joelho cai mais para dentro e pulamos mais na fase de voo.

Sendo assim, lesões que são prejudicadas por essas características posturais, como por exemplo a síndrome da banda iliotibial e a dor no piriforme, podem piorar com o trote. Seria melhor correr do que segurar demais o ritmo.
Na corrida nosso corpo precisa de mais potência e os músculos trabalham mais. É por isso que eles, muitas vezes, colocam tudo nos eixos, deixando o movimento mais harmônico.

Isso não significa que trotar é sempre ruim. Na maioria das vezes, o trote é inofensivo e uma ótima forma de aquecimento. Porém, caso esteja causando dor, talvez seja o momento de rever sua prática.

*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do ULTRAMACHO.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui