O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas no mundo. Apesar disso, o consumo de frutas pelos brasileiros ainda é baixo.
A recomendação da Organização Mundial da Saúde é de pelo menos 400 gramas (5 porções) de frutas e hortaliças por dia. Porém, segundo estimativas do Ministério da Saúde, apenas 22,9% da população atinge esse patamar de consumo.
Outra informação interessante: você sabia que, das frutas mais consumidas no Brasil, pouquíssimas são tipicamente brasileiras? É sobre elas e outras opções de cardápio que vamos falar!
O consumo de frutas nativas no Brasil
Estimativas do Ministério da Saúde apontam que o consumo regular de frutas e hortaliças é frequente em 34,3% da população. Mas, apenas 22,9% das pessoas pesquisadas afirmam consumir a dose recomendada pela OMS, que é de cinco porções diárias.
Os números foram obtidos a partir da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2018). A pesquisa indicou, ainda, que o consumo da quantidade indicada tende a aumentar com a idade (entre as mulheres) e com o nível de escolaridade (em ambos os sexos).
Mas de que frutas estamos falando?
Banana, laranja, maçã, limão, tangerina, manga, abacaxi, pera, melão, uva, maracujá, abacate, coco, caqui, ameixa, pêssego e kiwi estão entre as mais vendidas no Ceagesp, o maior centro atacadista de alimentos do Brasil.
Toda essa variedade é ótima e faz muito bem para a saúde, oferecendo ampla gama de vitaminas e minerais. Mas você sabia que a nossa biodiversidade tem potencial para muito mais?
Da lista que você leu acima, apenas abacaxi e maracujá são frutas nativas do Brasil. Você provavelmente conhece outras: goiaba, jabuticaba, caju, amora, açaí. Mas estima-se que o país tenha entre 200 e 300 espécies, porém apenas algumas ganharam popularidade e outras ficam conhecidas apenas em âmbito regional.
Cinco frutas nativas do Brasil
Algumas frutas são bem conhecidas em suas regiões, mas desconhecidas no resto do país. Será que você conhece alguma dessas?
Pequi
Quem é do cerrado ou já viajou para alguma cidade do Centro-Oeste conhece. O pequi, ou piqui, é conhecido como o “ouro do cerrado” e faz sucesso cozido em pratos salgados com frango e arroz. A frutificação acontece principalmente entre os meses de setembro e fevereiro. A polpa do pequi é amarela, rica em óleo insaturado, vitaminas A, C e E, fósforo, potássio, magnésio e carotenoides. Mas é preciso ter muito cuidado ao morder o fruto, já que seu caroço é repleto de espinhos. Além de acompanhar pratos, o óleo extraído da frutinha é usado na culinária e na indústria de cosméticos.
Mangaba
Em tupi-guarani, mangaba significa “coisa boa de comer”. A fruta tem a casca amarela com estrias avermelhadas e a polpa branca, cremosa e suculenta. É encontrada no cerrado, na caatinga e no litoral nordestino durante quase todo o ano. O peso da fruta varia entre 30 e 260 gramas. Rica em vitaminas A, B e C, costuma ser consumida madura in natura, sucos, doces, compotas e sorvetes.
Butiá
Muito comum no Rio Grande do Sul, também é conhecido como coquinho azedo em Minas Gerais e no cerrado. O butiá é uma espécie de coqueiro pequeno, cujo fruto carnoso apresenta um sabor doce e aroma semelhante ao do damasco. Normalmente colhido entre os meses de dezembro e fevereiro, pode ser consumido in natura ou em geleias, bolos, doces e sucos. Rico em carotenoides, precursores da vitamina A, possui altíssimos níveis de potássio e ferro, além de grande quantidade de vitamina C.
Murici vermelho
Também chamado de muruci-do-brejo, rameira, acerola do mato ou murici-groselha, devido à cor e ao sabor dos frutos, que lembra a groselha, um pouco mais adstringente. Encontrada nas orlas litorâneas da Mata Atlântica ou em brejos desde Minas Gerais até Santa Catarina, a frutinha se destaca pelo alto índice de compostos fenólicos com alto potencial antioxidante e anti-inflamatório.
Araçá-boi
Típica da Amazônia Ocidental, também é cultivada no Peru e na Bolívia. O fruto tem cor amarelada quando maduro, contém em média 11 sementes e chega a pesar 450 gramas. A polpa é mole e suculenta, com sabor ácido, podendo ser usada para refresco, sorvete, creme e outros. Rica em antioxidantes e vitamina C.
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) estão estudando formas de levar as espécies nativas menos conhecidas para o mercado. Questões de agronomia, economia e logística interferem na difusão dessas e outras frutas. Mas o caso da popularização mundial do açaí, fruto nativo da região amazônica, é citado como exemplo de sucesso desse investimento em pesquisa e tecnologia.
Lembre-se: a recomendação para uma dieta saudável que previne doenças é consumir até cinco porções diárias de frutas ou de hortaliças. Que tal inserir novas variedades no seu cardápio?
Esta matéria foi extraída do portal da Unimed Cuiabá
Para ler essa e outras informações acesse aqui.
Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil
Fonte: Embrapa, Vigitel, ABRAN, Brasil Escola, Mundo Educação, USP/FOrc Centro de Pesquisa em Alimentos
Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil