21 de novembro de 2024

Dar o exemplo é essencial para a criação de uma geração saudável

Debate sobre o que pode ser feito para incentivar crianças a sair do sedentarismo atingiu o governo dos Estados Unidos

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Já é consenso mundial que a atividade físico-esportiva regular traz benefícios importantes para a saúde de todos, porém uma verdade dura nos mostra que a maioria das crianças e adolescentes não tem um bom estímulo em casa para praticar atividades físicas, se tornando sedentárias, muito devido às mídias eletrônicas necessárias e importantes, nas mãos dessa geração. Falta algo nessa história. Um artigo publicado neste mês na revista do American College of Sports Medicine questionou o que se poderia fazer, mas que não é feito pelo governo norte americano para a criação de uma geração saudável. Concordamos que a discussão de lá, serve aqui no Brasil também.

O que podemos fazer? Tudo começa em casa. Os pais têm o poder para estimular os esportes entre essa geração que vai até os 18 anos. Pais e amigos sedentários formatam os jovens a serem sedentários. Porque não incentivar no mínimo, as caminhadas e/ou o uso da bicicleta para ir à escola ou ao trabalho quando for possível? Tudo tem que ser com naturalidade, nunca obrigar, assim vamos ajudar essa geração a ser ativa fisicamente, e vejam só esse mínimo é altamente razoável.

Colocar os filhos em escolinhas de esportes, participar das atividades das atléticas nas faculdades são outros caminhos disponíveis, que são abandonados pouco a pouco pelos que poderiam se beneficiar. Quem pratica as atividades físicas vai servir de espelho para a família, porém não deve ser omisso esquecendo do seu redor.

As pesquisas sobre benefícios das atividades físicas que conhecemos mostram que qualquer hábito iniciado na infância ou adolescência, vai ser seguido pela vida futura. Repetindo recomendações anteriores, esportes coletivos são espetaculares para sociabilizar e preparar a criança para a vida, mas se um filho gostar do esporte individual, o oriente para praticar um esporte coletivo ao menos uma vez por semana, para aprender a ganhar e a perder em grupo, dividindo as responsabilidades. Isso vai ter muitas implicações no seu comportamento adulto no trabalho e na coletividade.

O grande problema é que acabamos por competir com as mídias eletrônicas, que devem fazer parte da vida de toda criança, porém como os educadores nos alertam, as use por períodos pré-estabelecidos, coisa que sinceramente não estamos vendo. Para não falar não ao seu filho, existe uma nítida complacência dos pais ou responsáveis. Se até governos poderosos estão preocupados é porque a situação ficou séria e depende de nós.

Referência:
Exerc Sport Sci Rev. 2019;47(1):3-14. © 2019

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