A hipertensão arterial, ou pressão alta, acontece quando se tem níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. Quando as pressões máxima e mínima ultrapassam os 130/80 mmHg (13/8), o coração faz um esforço maior do que o normal para garantir a circulação adequada do sangue.
Por isso, a hipertensão é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral (derrame), infarto, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca.
Como doença crônica, não tem cura. Mas com bons hábitos e tratamento médico é possível controlar e conviver com ela. Aqui, vamos:
Medir a pressão: o que significam os números?
O coração faz dois tipos de pressão ao bombear sangue: a sistólica (quando ele se contrai) e a diastólica (quando ele fica em repouso entre batidas). Quando medimos nossa pressão, recebemos dois valores normalmente separados por uma barra (/). O primeiro é a sistólica e o segundo é a diastólica.
Antigamente, pressão alta era só acima de 140/90 mmHg. Porém, desde 2017, as novas diretrizes do American Heart Association (AHA) e do American College of Cardiology definem como hipertensas todas as pessoas que tenham leitura acima de 130/80 mmHg.
Essa atualização foi baseada em evidências que mostram que os valores mais baixos da pressão arterial estão associados a menos ataques cardíacos e derrames.
Por isso, medir a pressão sanguínea é um ritual importante durante a consulta médica. O resultado dá ao médico uma noção de como está o funcionamento do seu sistema circulatório.
A pressão alta significa que seu coração está trabalhando mais para bombear o sangue. Esse trabalho extra pode resultar em sobrecarga para o coração e artérias, danos nos rins e no cérebro.
Quais são os sintomas da hipertensão arterial?
A pressão alta não apresenta sintomas ou sinais de alerta. No entanto, pode ser perigosa para a saúde e bem-estar das pessoas que sofrem com ela.
No geral, as pessoas com hipertensão do estágio 1 – que nem sequer seriam consideradas hipertensas antes das novas diretrizes – têm o dobro do risco de ataques cardíacos e derrames do que as pessoas com pressão arterial normal.
Os sintomas só são perceptíveis quando a pressão já está muito alta: dores no peito, dores de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraquezas, visão embaçada e sangramento nasal.
Mudar hábitos para prevenir ou controlar a hipertensão
A hipertensão é herdada dos pais em 90% dos casos, mas o estilo de vida também influencia nos níveis de pressão arterial.
- Felizmente, a pressão alta é fácil de detectar e tratar. Em alguns casos, é possível controlar a pressão arterial em uma faixa normal sem medicação, simplesmente adotando mudanças básicas de hábitos:
- Manter o peso adequado e cuidar da alimentação;
- Não abusar do sal, procurando outros temperos para ressaltar o sabor dos alimentos;
- Praticar atividades físicas regularmente;
- Curtir momentos de lazer e de bem-estar, seja sozinho ou entre amigos e familiares
- Evitar alimentos gordurosos;
- Evitar o tabagismo e moderar o consumo de álcool;
- Procurar se afastar de situações conflitantes ou que envolvam estresse diário.
Níveis de hipertensão
De acordo com o mais recente Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), 24,3% dos brasileiros sofriam com a hipertensão em 2017.
O problema tende a aumentar com a idade: 60,9% entre os adultos com 65 anos ou mais, e é mais comum entre as mulheres (atinge cerca de 26% das mulheres e 21% dos homens).
Entenda as classificações da doença:
Classificação e tratamento da pressão arterial
Fonte: Colégio Americano de Cardiologia e American Heart Association, 2017 – Diretriz para Prevenção, Detecção, Avaliação e Gerenciamento de Pressão Alta em Adultos.
Hipertensão tem tratamento?
A pressão alta não tem cura. Contudo, ela pode ser estabilizada para que seu portador tenha uma boa qualidade de vida. É essencial lembrar que seus cuidados serão permanentes.
Existem mais de 200 medicamentos para controlar a hipertensão. Isso significa que, se um medicamento não funciona ou causa efeitos colaterais indesejados, é provável que outro funcione para você.
Ao seguir a orientação do seu médico, você pode desarmar esse “mal silencioso” – e levar uma vida muito mais saudável.
Esta matéria foi extraída do portal da Unimed Cuiabá.
Para ler essa e outras informações acesse aqui.
Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil
Fonte: Ministério da Saúde, Scielo
Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil