Pedalar na terceira idade é possível e faz bem!

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Pedalar na terceira idade é um desafio que anda sendo batido com louvor por muitos ciclistas. Como não lembrar da vovó chilena Elena Galvez, de 90 anos, que pedala cerca de 30 km por dia para vender ovos? E o que falar de Robert Marchand, o francês que estabeleceu um recorde inédito na categoria “acima dos 105 anos” e se aposentou das pistas aos 106 anos de idade?

É possível ter vida longa pedalando, mas algumas adaptações durante esse período são normais, principalmente para os ciclistas na terceira idade.

“Pretendo pedalar pelo resto da minha vida”, deseja Caio Rocha, 60, estilista de moda paulista que pedala desde os 6 anos de idade. “Comecei a pedalar muito cedo, com uma minerva da minha mãe onde o freio ficava no pedal. Bastava fazer o movimento contrário do pedal que ela freava”, relembra Caio.
Meio de transporte

Para Caio, a bicicleta sempre foi um meio de transporte, inclusive nos dias de hoje. “É muito complicado se locomover de carro ou ônibus em São Paulo. Prefiro a bicicleta por ser mais prático e saudável. Uso para ir na padaria, supermercado e em qualquer outro lugar perto de casa. Tinha também o costume de ir para o trabalho com ela”, conta o ciclista.

No entanto, pedalar pelas ruas de São Paulo não é nada simples. Buracos, carros e até pedestres são alguns dos obstáculos que não facilitam a vida dos ciclistas.

Limitações

“Quando tinha 27 anos, sofri um acidente pedalando perto de Moema. Um buraco na rua acabou tirando meu equilíbrio e me colocando com a cara no asfalto. Depois desse dia, repensei muito sobre voltar a pedalar, mas com os conselhos e ajuda de profissionais da área, voltei com a atenção redobrada”, relembra Caio.

Hoje, Caio Rocha treina de três a quatro vezes por semana, fazendo cerca de 40 km por treino. Mais experiente , ele recomenda. “Minha visão piorou, meus reflexos estão mais lentos, mas mesmo assim continuo pedalando. Me preparo para mais um Ironman e por isso, estou treinando muito forte para parte do ciclismo. É possível pedalar quando mais velho, mas com a consciência das suas limitações“, completa Caio.

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