23 de novembro de 2024

Trotar nem sempre é bom. Se sentir dor, acelere o passo e corra

Segundo especialista, como o tempo de contato do pé com o solo é mais prolongado no trote do que na corrida, a prática deixa o corpo mais suscetível a desalinhamentos posturais

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Sabe aquele trote lento, muito comum no início dos percursos e muitas vezes indicado como um treino leve? Nem sempre ele é inofensivo, tampouco a melhor estratégia para prevenir lesões na corrida.
O trote pode ser considerado uma corrida bem vagarosa, em uma velocidade que talvez pudesse até ser feita caminhando rapidamente. A rapidez do trote depende de pessoa para pessoa, mas é algo em torno de 7,5 – 8 km/h.
O movimento do corpo, ou seja, a biomecânica, é diferente durante o trote e a corrida. Trotando, o tempo de contato do pé com o solo é maior, e com isso mais desalinhamentos posturais podem acontecer. É como se “desse mais tempo” de erros aparecerem. Por exemplo, no trote a inclinação do tronco para os lados é maior, sentamos mais no meio da passada, o joelho cai mais para dentro e pulamos mais na fase de voo.

Sendo assim, lesões que são prejudicadas por essas características posturais, como por exemplo a síndrome da banda iliotibial e a dor no piriforme, podem piorar com o trote. Seria melhor correr do que segurar demais o ritmo.
Na corrida nosso corpo precisa de mais potência e os músculos trabalham mais. É por isso que eles, muitas vezes, colocam tudo nos eixos, deixando o movimento mais harmônico.

Isso não significa que trotar é sempre ruim. Na maioria das vezes, o trote é inofensivo e uma ótima forma de aquecimento. Porém, caso esteja causando dor, talvez seja o momento de rever sua prática.

*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do ULTRAMACHO.

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