Ainda há muitas pessoas que acham que é só “calçar o tênis e sair para a trilha”; mas, por não ter um preparo prévio adequado, acaba se lesionando. O pilates pode ser um importante aliado do trail runner, servindo como complemento ao esporte. Os exercícios treinados em aula podem prevenir lesões e ainda melhorar o desempenho do atleta.
Confira cinco benefícios do pilates para a corrida de montanha:
Respiração
Como qualquer atividade física aeróbica, a corrida em trilha requer um bom condicionamento respiratório e ainda pode exigir mais: correr nos morros e montanhas significa se exercitar em altitudes maiores, onde o ar é mais rarefeito. O pilates tem a respiração como um de seus princípios e, portanto, esta habilidade é treinada em todos os exercícios realizados.
Estabilidade e propriocepção de tornozelo
O terreno da trilha é instável e irregular, aumentando muito o risco de entorses. O pilates trabalha a propriocepção e a estabilidade de tornozelo, além de fortalecer a musculatura da perna, prevenindo este tipo de acidente.
Alinhamento da coluna
Muitos atletas correm com uma má postura da coluna. Nas trilhas, devido ao sobe e desce, o corredor tende a se inclinar ainda mais para frente na subida e para trás na descida; mas não pode fazer isso às custas do aumento da hipercifose torácica ou da hiperlordose lombar, respectivamente. O pilates trabalha o “crescimento axial” da coluna, com a estabilização da mesma pelos músculos da power house (entre eles abdômen e paravertebrais), garantindo assim a manutenção das curvaturas fisiológicas da coluna e reduzindo o risco de dores nas costas.
Fortalecimento e equilíbrio muscular de membros inferiores
Ainda devido às subidas e descidas, o atleta que corre em trilha precisa de um bom equilíbrio muscular das pernas para desacelerar seu corpo durante uma descida, por exemplo. Para isto, a musculatura de pernas, coxas e quadris deve estar forte e preparada para contrair no momento certo e impedir um estiramento.
Aumento da flexibilidade dinâmica
O pilates utiliza muitos alongamentos dinâmicos, ou seja, exige grandes amplitudes articulares durante os movimentos. Esse alongamento é diferente daquele em que seguramos um segmento corporal em posição de estiramento por 20 ou 30 segundos, pois no alongamento dinâmico, o músculo antagonista ao alongado está fazendo força para realizar o movimento, e o agonista está trabalhando excentricamente, controlando o movimento. Dessa forma, estamos trabalhando de forma mais funcional, como utilizamos no nosso dia-a-dia e no esporte. A flexibilidade dinâmica é muito exigida na corrida de montanha, por exemplo, nas panturrilhas e posteriores de coxa durante uma subida.
A corrida em trilha tem atraído cada vez mais adeptos, mas é importante a conscientização dos atletas para que o esporte seja realizado com um preparo adequado e minimização de riscos. E o pilates é uma ótima alternativa.