25 de novembro de 2024

Rainha do Mar 2022 – Uma cuiabana nas águas de Copacabana

Em uma etapa exclusiva para mulheres, Ana Helena reforçou toda a garra, coragem e determinação feminina

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Quem faz esporte de aventura é porque gosta de se aventurar, de se meter a fazer as provas mais improváveis ou aquelas que não estavam no calendário, mas… já que apareceu a oportunidade, por que não fazer? Assim é a atleta Ana Helena Canavarros, como ela mesma se denomina. “Sou metida a ir pra fazer as provas”, afirma.

Neste início de ano, Ana participou da primeira etapa do Circuito Rei e Rainha do Mar, no Rio de Janeiro. Uma etapa exclusiva apenas para mulheres em águas abertas, realizada em fevereiro, na praia de Copacabana.

Nesta edição, foram ofertadas três opções de distâncias no mar. A categoria Open, num percurso de 500 metros, destinada às iniciantes em águas abertas, incluindo a categoria infantil, com idade mínima de 11 anos. Já a categoria Sprint tem 1 km, enquanto que a Classic tem 2 km. As nadadoras profissionais, como a campeã olímpica Ana Marcela, enfrentaram 3 km no mar de Copacabana. De acordo com a organização do evento, fazer um evento exclusivo para mulheres foi a forma de celebrar a força feminina na natação brasileira, no esporte e na vida.

Mas voltemos a falar sobre Ana Helena, que contou um pouco de sua trajetória nessa prova. “Eu sempre nadei desde criança e continuei nadando. Essa prova começou a ser realizada lá pelos anos de 2009 e 2010. A primeira vez que eu fui, foi em dezembro de 2014, com umas amigas do Cuiabá Swim. Eu fiz mil metros, e achei pouco. Daí, em março de 2015, a gente foi de novo, e daí eu fiz os dois mil metros. E nunca mais voltei. Todo esse tempo eu estava só na corrida. Fazia um tempão que não nadava”, contou.

O fato de Ana não estar em nenhuma equipe de natação, nem fazendo aulas e nadar esporadicamente na piscina do prédio onde mora, não pesou no momento em que ela resolveu fazer a inscrição para a prova. “Fui audaciosa em me inscrever na maior prova (que era a de 2km). Sabia que tinha preparo para terminar, mas sabia que não faria um bom tempo”, ressaltou. Ana Helena completou a prova em menos de uma hora.

A vida passa rápido demais!

Mas não pensem que Ana Helena viajou apenas para a etapa da Rainha do Mar. Nada disso! A semana dela começou com a colação de grau em Medicina da sobrinha, em São Paulo, na terça-feira (1º). Em seguida, veio o baile de formatura, isso na quinta-feira (3). Não bastasse, teve o show da Marisa Monte na sexta-feira (4). Sábado ela fez a ponte-aérea São Paulo/Rio de Janeiro, e no domingo, participou da prova. “Fui sozinha mesmo, não deixo de fazer nada que quero. Foi uma viagem perfeita, estou destruída fisicamente, mas a gente não pode parar. A vida está passando rápido demais!”, enfatizou a atleta, demonstrando toda a sua determinação.

Ana contou que o Circuito Rei e Rainha do Mar é uma prova muito boa para se fazer, muito bem organizada. A primeira bateria foi a das campeãs olímpicas e, em seguida, por volta das 7h15, a bateria da qual ela participou. “Foram umas 350 mulheres nos 2 km, todo mundo tomando porrada pra caramba. A água tava fria e por isso a roupa de borracha”

A atleta acredita que a maior dificuldade de nadar em águas abertas seja o pânico que a pessoa sente ao entrar na água. “Ela não vê o fundo, tem muita gente nadando junto, rola bastante pancadaria (leva pesada, mão na cara e tals) e o próprio medo do mar. Tenho amigas que nadam bem na piscina e que já abandonaram prova no mar porque apavorou. Na hora que você entra, dá aquele pânico (que é a adrenalina que amo), daí você pensa em voltar para areia, mas depois engata e vai embora. Bebe um pouco de água também (risos)”, completou.

Ana lembrou que já chegou a fazer a prova em 46 minutos, mas que eram outros tempos, mas que tudo depende também do dia, das condições do mar e de vários outros fatores. “Já fomos em turma daqui, dessa vez eu fui sozinha, na raça. Cheguei lá e pedi apoio para uma assessoria, a Tribus Adventure, para guardar a mochila. O que me move a fazer esse tipo de prova é a adrenalina mesmo. Vale a pena pra quem nada ir conhecer um dia”, concluiu.

Quer saber mais: https://reierainhadomar.com.br/

REPORTAGEM ESPECIAL: Dani Danchurra

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